27 de dezembro de 2011

CRÔNICAS DO MOCHI - Natal de Alpendre...

Fico me lembrando como era bom os Natais de antigamente, 'não tão antigamente" rsss... Agente dava valor a qualquer presentinho. Me lembro de minha mãe contando que meu pai, com medo que agente acordasse quando ele fosse colocar nosso presente em baixo da cama, ele colocava na cabeça um tapete felpudo que agente tinha para que representasse o Papai Noel, e não perdêsemos o sonho do Natal...

Lembro-me bem de vários presentes, mas de 2 em especial; uma ruralzinha de plástico verdinha com aquelas rodinhas que ficavam saindo toda hora, que era uma delícia de brincar; uma carreta vermelha (cegonha) cheia de carrinhos. Eu e meu irmão tirávamos os carrinhos e colocávamos um tijolo na carroceria para ficar pesado e arrastávamos a "jamanta" por um barbante no meio do barro...

Nas noites de Natal sentávamos no alpendre de nossa casa na fazenda Santa Cecília e iluminados apenas por vagalumes e uma velha lamparina ouviamos histórias que falavam de vida, amor e dignidade. 

Não tinha luz elétrica, nem nozes, não tinha panetone nem video game, mas agente não ligava por que tinhamos o melhor de tudo na vida... Dona Darci e seu Nelson, nossos pais amados que hoje nos olha lá de cima junto do aniversariante que celebrávamos naquele alpendre.