29 de outubro de 2015

Seu filho verá o fim? A humanidade será extinta em 100 anos devido aos efeitos das mudanças climáticas, afirma especialista

Os seres humanos serão extintos daqui 100 anos, devido à superlotação, recursos em declínio e as alterações climáticas, de acordo com um cientista proeminente.

Os comentários foram feitos, primeiramente, pelo microbiologista australiano, Frank Fenner, em 2010, mas o engenheiro e escritor de ciência David Auerbach, reiterou a advertência em seu último artigo.

Ele critica a recente reunião do G7, por não debater os problemas enfrentados pela sobrevivência da humanidade, como o aquecimento global e os recursos em desgaste da Terra. Auerbach diz que os especialistas previram que a civilização do século 21 enfrentaria um destino semelhante aos habitantes da Ilha de Páscoa, que foram extintos quando exploraram em excesso seu habitat natural.

“O homo sapiens será extinto, talvez dentro de 100 anos", disse Fenner ao The Australian, em 2010. Ele faleceu em novembro do mesmo ano, com 95 anos. "Muitos outros animais também serão. É uma situação irreversível, tarde demais. Eu tento expressar isso para ver se as pessoas façam algo para ajudar, mas continuam ignorando e adiando um debate sério”,completou.
Nas reuniões do G7, em Bonn, na Alemanha, no início deste mês, os governos não conseguiram chegar a um plano claro para reduzir as emissões poluentes nos próximos anos. Verificou-se que os compromissos atuais dos países para reduzir os gases de efeito estufa deixarão de atingir o pico nas emissões relacionada à energia, até 2030. Isso provavelmente vai resultar em um aumento de temperatura de 2,6 °C até o final do século, disse à Agência Internacional de Energia.

“Quando o G7 pediu, na segunda-feira, que todos os países reduzam suas emissões de carbono a zero nos próximos 85 anos, a reação científica foi unânime: tarde demais", escreveu o Sr. Auerbach. "Neste ponto, a redução das emissões é apenas parte da história, a mais fácil. A parte mais difícil será o esforço agressivo para encontrar tecnologias necessárias para reverter o apocalipse climático que já está em andamento”.

Ele observou que a mudança climática "perigosa" já estava premeditada, mas a questão agora era saber se a mudança "catastrófica" do clima poderia ser evitado. O objetivo é manter a temperatura global abaixo de 2 °C até ao final do século. Um aumento de 5 °C, como previsto para ocorrer em 2100, poderia causar inundações, fome, seca e extinção em massa.

“Mesmo o aumento de 2 ºC prevê o aumento de mais de um metro no nível do mar, até 2100, o suficiente para deslocar milhões”, observou Auerbach em seu artigo da Reuters. Mas ele disse que as metas atuais simplesmente não são suficientes para manter esta meta.

Os EUA têm sugerido um corte de até 28% na emissões até 2025, a partir dos níveis de 2005. A União Europeia prevê 40% entre 1990 e 2030, e a China um montante não especificado – um absurdo.

"Em última análise, precisamos de uma guerra com alto nível de investimento em pesquisa de novas tecnologias para combater os próximos efeitos do aquecimento global. Sem isso, o trabalho da ONU é um gesto simpático, mas dificilmente significativo”, concluiu Auerbach. (Inf. Jornal da Ciência)