Depois de um mês e um dia, funcionários dos bancos públicos e privados do Paraná encerraram a greve na tarde desta quinta-feira (6).
Os profissionais aceitaram a proposta patronal de 8% de reajuste salarial em 2016 mais abono de R$ 3,5 mil. Desta forma, os bancos voltam a funcionar normalmente nesta sexta-feira (7), em todo o estado.
A proposta também inclui aumento de 10% no vale refeição e no auxílio-creche-babá e de 15%, no vale alimentação. Os bancos também se comprometeram a garantir aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.
Esta foi a maior mobilização de greve no setor bancários desde 2004, segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT). Aquele ano foi primeiro em que os bancários se uniram para negociar melhores condições para a categoria. Antes, os funcionários de cada banco faziam paralisações separadamente.
Em Curitiba, de acordo com o Sindicato dos Bancários de Curitiba e Região, o número de agências fechadas chegou a 361, além de seis centros administrativos.
Norte e noroeste
Os bancários de Londrina e de Maringá, no norte do Paraná, também aceitaram a proposta patronal e decidiram encerrar a greve. A paralisação nas cidades durou, da mesma forma, 31 dias.
Os bancários de Paranavaí, Umuarama e Cianorte, no noroeste, também aceitaram a proposta da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban).
Oeste
A greve também acabou em Toledo, no oeste, e outras onze cidades da região. Os trabalhadores se reuniram na tarde desta quinta-feira (6) e decidiram aceitar a proposta dos patrões. Em Cascavel, também no oeste, a assembleia dos bancários deve ser realizada somente nesta sexta-feira (7). A greve na cidade começou no dia 8 de setembro.
Campos gerais e sul
Em Guarapuava, na região central do estado, os trabalhadores dos bancos privados e da Caixa Econômica Federal também votaram pela aceitação da proposta patronal e pelo fim da greve. Os profissionais do Banco do Brasil ainda estão em assembleia para definir se continuam ou não paralisados.Em União da Vitória, na região sul, a greve também terminou, mas os bancários voltam ao trabalho somente na segunda-feira (10).
Negociação
O acordo para o fim da greve chegou com a apresentação da terceira proposta.
Os bancários pediam a reposição da inflação do período mais 5% de aumento real (totalizando 14,78% de reajuste), valorização do piso salarial - no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.940,24 em junho) e PLR de três salários mais R$ 8.317,90.
Antes do início da greve, no dia 29 de agosto, os bancos propuseram reajuste de 6,5%. Novas propostas foram apresentadas nos dias 9 e 28 de setembro, de reajuste de 7%. Todas foram rejeitadas pelos bancários, que decidiram manter a greve por tempo indeterminado. (Inf G1 Pr)