25 de julho de 2011

Herança maldita na segurança

O acúmulo de políticas equivocadas ou insuficientes na área de segurança pública durante boa parte das últimas duas décadas deixou um quadro preocupante da criminalidade no Paraná. Em dez anos, o número de homicídios aumentou em 111,4% – de 1.633, em 1998, para 3.453, em 2008 – e o Paraná passou a figurar como o nono estado brasileiro com o maior número de assassinatos por 100 mil habitantes (com 32,6 casos), de acordo com dados do Ministério da Justiça.

Também foram nesses anos que Curitiba deixou de ser a 18.ª capital mais violenta do país, em 1998, para se tornar a 6.ª, em 2008. Na classificação de violência entre todos os municípios brasileiros, ganharam destaque as cidades paranaenses de Campina Grande do Sul, na região metropolitana de Curitiba, hoje 3.ª colocada no ranking de taxa de homicídios por habitantes, e Guaíra, no Oeste do estado, em 10.º lugar.

Passados os oito anos do governo Jaime Lerner (1995-2003), quando pouquíssimo foi feito, e mais os sete anos de Roberto Requião (2003-2010), nos quais a falta de melhoras efetivas deixou os problemas maiores, a atual gestão herda uma situação problemática e que demanda esforços rápidos e atenção prioritária no setor. Este cenário é unanimidade entre os especialistas ouvidos pela Gazeta do Povo.
*E eu duvido que mude no Governo Beto Richa, pois todos eles são farinha do mesmo saco.