26 de outubro de 2013

Os seios envelhecem mais rápido que outras partes do corpo feminino, diz estudo

Quando envelhecemos, diversos marcadores químicos mudam o nosso DNA. Isso faz com que os nossos genes tornem-se mais ou menos “metilados”. Isso significa, na prática, que grupos ou radicais metílicos são adicionados ou retirados, o que aumenta ou diminui certas expressões de nossos genes. Isso é conhecido como epigenética.

Um estudo da Universidade da Califórnia, nos EUA, mostrou através da pesquisa do Dr. Steve Horvath, que usou mais de 7.884 amostras de tecidos saudáveis, que existe um subconjunto de 353 regiões específicas em nosso genoma que comanda esse processo de metilação em praticamente todos os tipos de tecidos.

Segundo o pesquisador, esse novo método é tão preciso quanto a famosa análise dos telômeros que diz sobre o nosso processo de envelhecimento. O estudo mostrou que, surpreendentemente, nosso corpo não envelhece da mesma forma.

Um algoritmo foi usado em tecidos mamários em um grupo de mulheres com 46 anos, mostrando que os seios eram de 2 a 3 anos mais velhos que a idade real. Além disso, em ambos os sexos, o tecido cardíaco mostrou-se 9 anos mais novo em pessoas com idades entre 55 e 60 anos.

Segundo o pesquisador, os seios podem envelhecer primeiro porque ficam expostos constantemente a hormônios. Já o tecido cardíaco pode ser mais jovem porque é constantemente regenerado por células estaminais.

Como o envelhecimento é um fator de risco, o pesquisador estima que esta é uma explicação para os altos índices de câncer de mama.

O novo método poderá ser usado também em cenas de crime, já que consegue determinar a idade do sangue, além disso, existe a possibilidade de aplicação em análises de biópsia, câncer e diversos outros exames. A pesquisa foi publicada na revistaGenome Biology. (Via Jornal Ciencia)