14 de março de 2015

Estudo revela: Apenas 3 refrigerantes por semana aumentam risco de câncer de mama


Cientistas descobriram, em um novo estudo, que as mulheres que têm o hábito de beber refrigerantes, pelo menos três vezes na semana, possuem mais chances de desenvolver câncer de mama.

Eles conseguiram avaliar isso devido ao aumento da densidade dos seios após a constante ingestão dessas bebidas. A mama é formada de tecido glandular, tecido fibroso e gordura, além de vasos sanguíneos e nervos. Uma mama é considerada densa quando ela apresenta pouca gordura e uma quantidade grande de tecido glandular e fibroso.

As mulheres com mamas densas têm um risco maior de desenvolver, porque há mais células que podem se tornar cancerosas. É difícil detectar esses cânceres porque sua cor e a da gordura, vistas pela mamografia, são praticamente idênticas, podendo ser facilmente confundidas.

A principal autora do estudo, Dra. Caroline Diorio, da Universidade Laval, em Quebec, Canadá, disse: "Nós sabemos que todo mundo tem um aumento do consumo de açúcar alguma vez na vida. Os resultados deste estudo mostram o efeito que esse tipo de dieta tem sobre a densidade da mama, que é um dos indicadores mais fortes de câncer nessa região”.

No estudo, 1.555 mulheres, sendo metade delas com pré-menopausa e a outra com pós-menopausa, responderam a um questionário sobre quantas vezes bebiam suco de frutas versus a quantidade de ingestão de refrigerantes. Ambas as bebidas deveriam ter a mesma medição, no caso, 355 ml.

A partir das respostas, todas elas tiveram sua densidade da mama medida por meio do exame de mamografia. Dra. Diorio disse: "Entre todas as mulheres, aquelas que ingeriam refrigerantes mais de três vezes na semana possuíam uma média de 29,6% de mama densa. Enquanto que, aquelas que não bebiam ou bebiam em menores quantidades apresentaram uma média de 26,2 %”.

"Um aumento de cerca de três por cento na densidade não é insignificante em termos de risco de câncer de mama”, afirma Diorio. “Em comparação, temos demonstrado que mulheres saudáveis, com alto risco de desenvolver o câncer de mama, depois de ingerirem tamoxifeno durante 4 anos e meio, tiveram uma redução de 6,4% na densidade da mama. Foi observado também que o tamoxifeno pode reduzir até 50% o risco de câncer em mulheres não-saudáveis e de alto risco”.

Dra. Diorio conclui com a seguinte afirmação: “Considerando o aumento mundial do consumo de açúcar e todos os problemas a ele relacionados, é importante continuar a pesquisa sobre este assunto e começar a informar o público sobre essas consequências”. (Fonte: Jornal da Ciência)